Afira

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Afira nasceu entre os Tupi, mas desde cedo foi rejeitada pela própria tribo. Sua aparência distinta, marcada por cores corpóreas escuras e uma aura incomum, fez com que fosse considerada um demônio e expulsa da comunidade. Esse episódio moldou sua vida em isolamento, mas também fortaleceu sua resiliência e instinto de sobrevivência. Mesmo afastada, encontrou propósito ao cuidar de sua irmã mais nova, Faira. Afira assumiu para si o papel de mentora, ensinando-a a lutar, a compreender e aprimorar seus poderes e, sobretudo, a dominar o voo. Suas lições tinham sempre um objetivo claro: proteger a floresta e defender os animais contra caçadores e madeireiros. Sob sua influência, a região passou a ser temida por invasores, que evitavam penetrar em seus domínios. Além do treinamento físico e mágico, Afira também cultivou em Faira o dom da conexão com a natureza. Juntas, aprenderam a interagir com os animais da selva, transformando-os em aliados e guardiões silenciosos. Seu destino, porém, foi trágico. Durante uma expedição pela floresta densa, Afira desapareceu sem deixar rastros. Anos depois, seu corpo foi entregue a Faira pela enigmática Jacira Pitangui, a lendária Fada da Mata. A morte de Afira permanece cercada de mistério, mas seu legado vive na força e nas memórias de sua irmã, que ainda busca respostas e justiça para o ocorrido.