F.A.T.A.
4,9
(19)
Sobre
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Fleshless Autonomous Tactical Aberration
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Espanha
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Energívoro
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N/D
Equipamentos
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N/D
Descrição dos poderes
N/D
Desvantagens
Sem informações disponíveis
Capacidades
Corporal
Elemental
Percepção
Sustentabilidade
Mobilidade
Especial
Poder Destrutivo
Risco: Nível 3
História e Origem
Não se sabe qual era seu nome original, nem seu rosto, sua voz ou seu gênero. As memórias anteriores à queda estão fragmentadas e irreconhecíveis. O que se sabe é que ele foi um(a) guerreiro(a) antigo(a), dedicado(a) a combater demônios e demonds. Sua vida antes da transformação consistia em atravessar o Portal Telúrico, uma única formação colossal de rocha que se abria para o Planeta Inferno. Sempre que o portal se abria, ele o atravessava sozinho, enfrentando criaturas infernais em batalhas constantes. Ao longo de inúmeras incursões, seu nome tornou-se conhecido entre os habitantes do Planeta Inferno, não como título ou glória, mas como ameaça. Ele não possuía aliados, exércitos ou ordens superiores. Apenas a função de lutar. Foi durante uma dessas travessias que encontrou entidades superiores daquele reino. Entre elas estava o Amaldiçoador, cuja essência não era matar, mas condenar. O Amaldiçoador era capaz de impor existências inteiras de sofrimento, prolongando a vida além dos limites da carne e da alma. Antes que F.A.T.A. pudesse enfrentá-lo, o Amaldiçoador chamou outro para combate: o Demônio-Rei, um ser que encontra prazer no ato de ferir, mutilar e destruir. A batalha resultou na destruição completa do corpo do guerreiro. O Demônio-Rei dilacerou seus membros, rasgou sua carne e expôs seus ossos, reduzindo sua forma a um estado irreconhecível, porém ainda vivo. Nesse momento, o Amaldiçoador pronunciou a maldição: Vita aeterna. Dolor aeternus. (significa: Vida eterna. Dor eterna.) O que restou daquele guerreiro foi lançado de volta ao mundo humano. Incapaz de morrer. Incapaz de se mover. Consciente. Sentindo fome, sede, frio e dor por séculos ininterruptos. Sua existência tornou-se um prolongamento infinito de sofrimento, preso entre a vida e a morte. Quando foi encontrado pelo Doutor Milagre, seu corpo já não possuía carne suficiente para restaurar. O doutor tentou reconstruí-lo de forma convencional, mas a maldição impedia regeneração. O que era possível manter eram seus ossos originais, ainda inteiros, ainda condenados a existir. Para que ele pudesse voltar a se mover, o Doutor Milagre substituiu o restante por estruturas mecânicas. Apenas fragmentos essenciais de sua forma original permaneceram. Seu braço direito não existe mais; no lugar dele, uma espada permanentemente integrada ao corpo, que ele maneja como extensão natural de si. Quando despertou, lembrava apenas dois fragmentos: o grito do Demônio-Rei e a voz do Amaldiçoador. Nenhum nome. Nenhum passado. Nenhum sentido pessoal. Sua dor física permanece, embora enfraquecida pela estrutura mecânica. Porém, mesmo com a carne substituída, a maldição sustenta um vazio interno constante, uma sensação de ausência que nada preenche. Hoje, F.A.T.A. move-se de forma silenciosa, com precisão absoluta. Ao avistar qualquer demônio, seu corpo entra imediatamente em modo de combate, sem exigência de ordem ou comando consciente. Sua lealdade pertence apenas ao Doutor Milagre, não por afeto, mas porque este lhe deu algo diferente da dor imutável: função. O Doutor Milagre, por sua vez, sente responsabilidade pelo que F.A.T.A. se tornou, e ao mesmo tempo um profundo fascínio científico, pois F.A.T.A. é a prova viva de que vida e sofrimento podem ser forçados além dos limites naturais. Não resta identidade, apenas continuidade. Não resta propósito próprio, apenas movimento. Não resta passado, apenas ecos distorcidos. F.A.T.A. permanece. Porque a maldição exige que ele permaneça.