ANIMON

Comecei a idealizar esse projeto quando tinha uns 17 anos, enquanto estava em um ônibus (Penha-J) voltando para casa. Dentro desse ônibus, havia alguns jovens próximo a minha idade, todos com bebida na mão e bastante alterados. Quando me levantei para descer no ponto próximo à minha casa, senti algo, um pressentimento, não sei explicar... Naquele momento, a porta do ônibus abriu, e eu, sem pensar, abaixei a cabeça. Pelas costas, senti de raspão um chute, na qual acertou apenas meu boné (que estava para trás), que voou para fora do ônibus, assim eu desci rapidamente. Nesse momento de revolta, desejei ter poder, um poder de fogo para explodir o ônibus inteiro. Conforme a raiva foi passando eu comecei a refletir sobre o meu pensamento, já que, se eu tivesse realmente poder, teria agido por impulso e matado todos que estavam dentro do ônibus, inclusive o motorista e o cobrador, na qual não tinham nada a ver com aquilo. Dentro da minha mente eu teria matado pessoas sem necessidade e ainda teria sido o vilão de muitas familias. Comecei a escrever sobre isso de uma forma a pequenos esboços e com isso comecei a idealizar diversas situações e criando um personagem com base nas minhas vivências e criando personagens com video de amigos, e tambem imaginando muita coisa do zero... fui criando personagens com poderes, depois mais um e depois mais um, e mais...

A ideia inicial deste projeto era escrever um livro narrando a história de cada personagem que eu criava e, eventualmente, conectar essas histórias entre si. Depois de investir muito tempo escrevendo partes e trechos dessas narrativas, acabei perdendo todo o material que estava em um HD. Com isso, comecei a desenhar alguns desses personagens e reescrever suas histórias, mas com algumas modificações. À medida que evoluía, passei a estudar técnicas de desenho digital e a imaginar esses personagens como parte de um universo, sem definir se seria voltado para um livro, HQ ou até jogos. Nessa fase, foquei mais na diversão do processo do que na precisão anatômica ou nas vestimentas, usando o desenho como um hobby e uma forma de liberar minha criatividade, sem me prender ao perfeccionismo.